PARTE 3 – O TRANSTORNO DE ASPERGER
O
Transtorno de Asperger é o quadro mais leve dos transtornos invasivos do
desenvolvimento. Essa síndrome caracteriza-se por funções comportamentais,
principalmente na área da interação social e na área da comunicação. A linguagem
desenvolve-se de forma normal, o que permite diferenciar esse transtorno dos
demais, nos quais há atrasos e até mesmo a perda da fala.
As
características do transtorno de Asperger podem ser observadas em idades
iniciais, mas apenas se apresentam como psicopatológicas quando o indivíduo
começa a frequentar escolas, quando chega à fase da adolescência ou até mesmo
quando adulto jovem, momentos em que passa a apresentar algum distúrbio
psiquiátrico ou problema de relacionamento.
Na
anamnese, os bebês mostram-se quietos e não apresentam respostas a estímulos visuais
ou ambientais. As crianças e os adultos possuem dificuldades e também falta de
vontade de estabelecer amizades, sendo o isolamento uma das características dessa
doença, embora não tão acentuada como nos autistas.
As
crianças com Asperger podem apresentar uma idiossincrasia (interesse repetitivo
e acentuado por uma determinada coisa) como saber nomes e números das listas
telefônicas, horários de ônibus, calendários anuais, além de apresentarem
interesses extraordinários por máquinas, computadores e se envolverem em desenhos
animados. Em consequência dessas habilidades, essas crianças podem ser
confundidas inicialmente com superdotadas.
Essa perturbação
acarreta prejuízos clinicamente significativos nas áreas social e ocupacional
ou em outras áreas importantes do funcionamento. Porém, contrastando com o
transtorno autista, não existem atrasos clinicamente significativos na
linguagem (isto é, palavras isoladas são usadas aos dois anos, frases
comunicativas são usadas aos três anos). (FACION, 2013).
REFERÊNCIAS
FACION, José Raimundo. Transtornos do Desenvolvimento e do Comportamento/José Raimundo Faciona.
– Curitiba: Intersaberes, 2013. (Série Inclusão Escolar). p. 63-65.
RICARDO TORQUATO